É TEMPO DE ELEIÇÃO!
Amigos(as),
Ficamos focados em nosso mundinho de sonhos e quando acordamos, vemos que a coisa está muito séria em se tratando de política brasileira.
Agora aparece o caso do dossiê para enrolar mais ainda a falta de experiência de nossa cúpula diretiva.
Acontece que o problema do Brasil não é o político e sim, o povo. Você pode dizer que este colunista pirou, ficou lelé de vez ou coisa e tal.
Podemos eleger qualquer um dos candidatos que se apresentam como salvadores da pátria que o problema Brasil continuará. O mal está no povo.
Nós enquanto não educarmos a população, continuaremos amargando esta escravidão populista, que nos massacram há muitos anos.
Sem a educação da população de um modo geral, seremos eternos Prometeus acorrentados à ignorância que consome não só o fígado, mas a todo o corpo.
É uma luta inglória de alguns quixoteanos contra o poder constituído. O poder que mantém todo um povo submisso, escravizado, algemado à vontade de um grupo de senhores de engenho.
Hoje a nossa coluna é bem pequena, pois estamos sangrando com o sofrimento que nos impõe a corrupção, o despreparo, a ousadia da impunidade e o povo inerte, acomodado, acovardado, esmolado por cestas básicas, farmácias populares, vale isso, vale aquilo, SÓ NÃO VALE O VOTO!
Como diz Castro Alves em Prometeu:
“Inda arrogante e forte, o olhar no sol cravado,
Sublime no sofrer, vencido — não domado,
Na última agonia arqueja Prometeu.
O Cáucaso é seu cepo; é seu sudário o céu,
Como um braço de algoz, que em sangueira se nutre,
Revolve-lhe as entranhas o pescoço do abutre.
Pra as iras lhe sustar... corta o raio a amplidão
E em correntes de luz prende, amarra o Titão.
Agonia sublime! ... E ninguém nesta hora
Consola aquela dor, naquela angústia chora.
Ai! por cúm'lo de horror!... O Oriente golfa a luz,
No Olímpo brinca o amor por entre os seios nus.
De tirso em punho o bando das lúbricas bacantes,
Correm montanha e val em danças delirantes.
E ao gigante caído... a terra e o céu (rivais!...)
Prantos lascivos dão... suor de bacanais.
Mas não! Quando arquejante em hórrido granito
Se estorce Prometeu, gigantesco precito,
Vós, Nereidas gentis, meigas filhas do mar!
O oceano lhe trazeis... pra em prantos derramar...
Povo! povo infeliz! Povo, mártir eterno,
Tu és do cativeiro o Prometeu moderno...
Enlaça-te no poste a cadeia das Leis,
O pescoço do abutre é o cetro dos maus reis.
Para tais dimensões, pra músculos tão grandes,
Era pequeno o Cáucaso... amarram-te nos Andes.
E enquanto, tu, Titão, sangrento arcas aí,
O século da luz olha... caminha... ri...
Mas não! mártir divino, Encélado tombado!
Junto ao Calvário teu, por todos desprezado,
A musa do poeta irá — filha do mar —
O oceano de sua alma ... em cantos derramar ...”
(Pela agonia de meu povo, pelos maus governantes, pela plebe ignara, só nos resta orar!)
Luiz Diniz
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